sábado, 20 de setembro de 2014

várias formas de loucura



D. Sebastião,

Rei de Portugal

Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?

Fernado Pessoa, in Mensagem



 





 




2 comentários:

  1. Muito Bandarra. Um mito que teve muito personagens.

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  2. não é só Bandarra... é a "loucura", o sonho, a diferença entre viver e vegetar!
    beijo

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